O Escola de samba da cidade do Rio de Janeiro. Fundada a 19 de fevereiro de1949, por Oscar Lino
(Seu Oscar), Dagoberto Bernardo (Beto Limoeiro), Valter Machado, José Antenor
da Silva (Tio Juca), Tia Alvarinda e Athayde Pereira está sediada na Rua Faleiros, no bairro de Pilares.
Seu símbolo é um
brasão contendo um pandeiro e uma caixa-de-guerra, tendo a sigla G.R.E.S em
diagonal, envolto por duas serpentes, as quais tem as iniciais da agremiação
(CP) abaixo delas, havendo duas versões para a escolha. Para alguns, seria uma
homenagem dos fundadores da escola à Força
Expedicionária Brasileira (FEB), que atuou durante a Segunda Guerra
Mundial e teria como lema "a cobra vai fumar". Para outros, a cobra
representaria um animal que pudesse competir com outros animais símbolos de
agremiações, como a águia portelense por exemplo.
A sátira, a crítica
e o bom humor constituem uma fórmula que marcam os carnavais da escola de
Pilares. Os enredos, criados por Luiz Fernando Reis, falaram da inflação, criticaram os
políticos, pediram as diretas já. Temas que
agradavam e falavam pelo público.
A historiografia do Carnaval aponta a
Caprichosos como uma espécie de dissidência de outra antiga agremiação de
Pilares, a Unidos de Terra Nova, escola que em 1947 obteve o 21º lugar entre 26 escolas, não
desfilando no ano seguinte. Um grupo de sambistas de Pilares resolveu criar uma
entidade que se destacasse pelo capricho, sendo criada a escola de samba com a
denominação atual.
Não
se sabe a que comunidade o nome "Terra Nova" faria referência, porém
segundo Nelson da Nóbrega Fernandes, foi citado o nome de uma tal "Voz da
Terra Nova" em uma apresentação de representantes de 61 escolas de samba
ao ainda prefeito Hildebrando de Góis, todas supostamente
filiadas à FBES,
muito embora o autor admita que muitas delas eram escolas fantasmas criadas
apenas para parecer dar mais peso à entidade representativa.
Em
1950, Caprichosos e Unidos da Terra Nova desfilaram pela UGESB,
tendo a Caprichosos ficado na 14ª colocação, e a Terra Nova em 18º lugar, entre
20 escolas.
Desde sua fundação, em 1949, a
Caprichosos de Pilares já conquistou três títulos de campeão do carnaval em
grupos de acessos: em 1960,
com o enredo Invasão Holandesa na Bahia, 1971, com o tema Brasil
na Primavera e 1982, com o enredo Moça
bonita não paga….O famoso carnaval da feira livre, indo ao grupo
principal do carnaval carioca em 1983 conquistando enfim o status de grande
escola de samba.
Por
volta de 1974, Amaury Jório,
presidente da AESCRJ,
pediu ao administrador regional, que na época era o Oswaldo de Moura Brito
Piragibe (Dr. Piragibe), que concedesse um espaço para a construção da quadra.
O administrador se envolveu de tal forma com o projeto, que não só colaborou
com a obra da quadra, mas também entrou para a história da escola, conseguindo
a cessão pela Prefeitura do terreno que era um espaço de urbanização do viaduto
Cristóvão Colombo (viaduto de Pilares).
Em 1985 a escola de Pilares consolidou seu
estilo de carnaval irreverente, com uma mistura de política e humor no enredo E
por falar em saudade…. A Caprichosos fez grandes carnavais. Marcados por
seus sambas empolgantes e irreverentes, que sempre estiveram na ponta da língua
do povão. Por isso, seus maiores títulos foram dados pelo grande público, como
por exemplo, o Estandarte de Ouro em 1985.
Em 1993, com o enredo Não
Existe Pecado do Lado de Cá do Túnel Rebouças, que fazia uma homenagem
ao morador suburbano, a Caprichosos ficou em penúltimo lugar, só não sendo
rebaixada (junto com a Unidos da Ponte)
porque o presidente da Liesa, Paulo de Almeida, decidiu que não haveria
rebaixamento.
Em meados da década
de 1990, mais precisamente
em 1995, a Caprichosos de Pilares abandona o estilo
irreverente e apresenta na avenida um carnaval mais caro e luxuoso. O então
carnavalesco Mauro
Quintaes, discípulo de Joãosinho Trinta, desenvolveu o enredo com mais tecnologia do que
a escola estava acostumada. Naquele ano, a Caprichosos botou o seu samba na
boca do povo também:Vou me
acabar nessa magia, e a Caprichosos traz a energia
A Caprichosos ainda
chegou a desenvolver um enredo crítico em 2000, sobre a ditadura militar, e em 2004
homenageou Xuxa Meneghel.
Em 2005, com a volta da bom
humor, fez uma homenagem aos vinte anos da LIESA.
Em 2006, a escola apresentou
o enredo O Espírito Santo Caprichou, fazendo uma homenagem ao estado capixaba.
Em 2007, a escola desfilou no Grupo
de acesso A e conquistou o vice-campeonato falando sobre o gás e o biodiesel, como a partir daquele ano apenas uma escola
subiria ao Grupo Especial a que eventuamente seria a campeã do Acesso, a
Caprichosos não retornou a elite do carnaval carioca. No dia 11 de
outubro de 2007, a Caprichosos perdeu seu fundador, diretor de
carnaval e vice-presidente administrativo, Athayde Pereira, que faleceu devido
a um infarto fulminante.
Em 2009, com o enredo No
transporte da alegria…Me leva Caprichosos a caminho da folia, a
Caprichosos fica em último lugar entre as escolas, mas se salva do iminente
rebaixamento, porque a LESGA decidiu que ninguém cairia devido à
crise mundial, que teria atrapalhado a preparação das agremiações.
Mas,
especula-se que a "salvação" teria ocorrido porque o presidente da Inocentes de Belford Roxo escola que também seria rebaixada o
Grupo B era o então presidente da LESGA.
Em 2010, mesmo sem
muitos recursos, reeditou "E por falar em
saudade" mas
somente obteve a 7ª colocação.
Em 2011 a escola
trouxe o enredo "Gente Humilde", falando sobre as dificuldades do
morador do Subúrbio carioca.
Em 2012, a
Caprichosos apresentou-se pelo Grupo de Acesso B com o enredo "A
Caprichosos faz o seu papel… levanta, sacode a poeira e dá a volta por
cima!", do carnavalesco Amauri Santos, a agremiação sagrou-se Campeã.
Rainhas de Bateria:
1990 Luma de Oliveira
1991
Vanessa de Oliveira
1992 –
1993 Isadora Ribeiro
1994 –
1996 / 1999 Valéria Valença
1998 Elza
Soares
2000 Lú Mendonça
2001 – 2004 Nana Gouvêia
2005 Luma de Oliveira
2006 – 2011 Mel Brito
2012 Bianca Salgueiro
2013 Juliana Paiva
Estandartes de Ouro:
·
Escola: 1985
·
Enredo: 1984, 1986 e 2000
·
Personalidade Masculina: 1986
·
Revelação: 1983 e 1985
·
Passista Masculino: 1993
·
Samba-Enredo Acesso: 1978
·
Puxador: 1988
·
Comissão de Frente: 1984
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