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sábado, 13 de abril de 2013

ACADÊMICOS DE SANTA CRUZ

O Grêmio Recreativo Escola de Samba Acadêmicos de Santa Cruz é uma escola de samba da cidade do Rio de Janeiro com sede no bairro de Santa Cruz, zona oeste.

Dentre as escolas de samba do carnaval carioca que já desfilaram na Marquês de Sapucaí, é a que se situa mais distante do sambódromo, localizada na Rua do Império em Santa Cruz. Atualmente é filiada a LIERJ, entidade que fundou juntamente com outras seis escolas em 2008, e participa da Série A. Escola-Madrinha Unidos de Bangu.

Desde a sua estréia no carnaval carioca sempre foi tida como a escola de samba representante da zona rural do Rio, fato este que, por vezes implicava em preconceito por parte da mídia e de sambistas de outras escolas. Já no seu quarto ano de desfiles no Rio de Janeiro figurava entre as grandes do carnaval carioca. Fato este que se repetiria por mais oito vezes. A Acadêmicos de Santa Cruz, porém, nunca permaneceu neste grupo.

Foi de um bloco de sujo, o Vai Quem Quer, nos anos 1950, que começou a desenhar-se a futura escola de samba Acadêmicos de Santa Cruz, cujas reuniões iniciais aconteciam no pontilhão da Rua do Império, esquina com a Rua Campeiro-Mór.

A escola surgiu de uma dissidência de um grupo de foliões que desfilavam no bloco carnavalesco Garotos do Itá e, mais tarde, em 18 de fevereiro de 1959, fundava-se a nova escola que, nos anos de 1967 e 1968, começou a aglutinar sambistas de outras escolas de samba de Santa Cruz, como, Unidos da Jaqueira, Independentes do Morro do Chá, Garotos do Itá e Unidos do Caxias.

Tem as cores verde e branca. Teve como símbolo inicial a figura de um boi como referência ao matadouro que durante anos funcionou no bairro, um capelo fazia referência aos acadêmicos que fundaram a escola, juntamente a um pandeiro e um surdo como marcos da relação com o carnaval. Mais tarde o símbolo da escola foi substituído pela figura de uma coroa, sendo que em alguns anos a escola teve na bandeira uma estrela.

Anos 60
Afilhada da Unidos de Bangu e madrinha da Unidos do Uraiti, a Acadêmicos de Santa Cruz desfilou em 1960, 1961 e 1962 na própria localidade de Santa Cruz, zona oeste da cidade do Rio Janeiro. Ainda em 1962, filiou-se à Confederação das Escolas de Samba e desfilou pela primeira vez no centro da cidade no dia 2 de dezembro, por ocasião do 1° Congresso do Samba.

Anos 70 
A década de 1970 foi marcada por homenagens a grandes músicos da cultura brasileira como a cantora Dalva de Oliveira em 1974, o poeta Catulo da Paixão Cearense em 1977 e o compositor Carlos Gomes em 1978. Viveu períodos instáveis oscilando entre o segundo e terceiro grupo, com momentos de auge e Também de grandes dificuldades.
Anos 80
A quadra da escola de samba Acadêmicos de Santa Cruz começou a ser construída na década de 80. Em 1984, o ano de estréia do Sambódromo do Rio de Janeiro, a escola chegou em segundo lugar no Grupo de Acesso A com o enredo afro "Acima da coroa de um rei, só deus". Este resultado garantiu sua presença no supercampeonato, disputado no sábado seguinte ao carnaval.

Anos 90
Em 1990 a escola teve seu samba-enredo de maior repercussão: "Os Heróis da Resistência". Em grande parte devido ao intérprete Carlinhos de Pilares. Com um desfile grandioso em homenagem aos criadores do jornal O Pasquim, importante na luta contra a ditadura militar, os Acadêmicos de Santa Cruz não conseguiram se manter no Grupo Especial.

Anos 2000
A redenção veio em 2001, com o desfile em homenagem ao ator, compositor e escritor Mário Lago, que fora proibido pelos médicos de desfilar.
Em 2002, finalmente a escola conseguiu o sonhado retorno ao grupo principal das escolas de samba. Foi a campeã do grupo A com um enredo sobre a história e origem do papel, superando escolas tradicionais como Vila Isabel, Estácio e União da Ilha.

Últimos campeonatos: 1962 e 1961 – Grandes Vultos e Baile da Família Imperial – Carnv. Abílio Correia de Souza.
1963 e 1965 – Rio de Outras Eras e Rio, quatro séculos de Glórias – Carnv. Joceil Vargas,
1969 e 1973 – O Rio dos Vice-Reis e O Rio de todos os tempos – Carnv. Wilson Paixão,
1980 – Um Domingo na Quinta da Boa Vista – Carnv. José Lima Galvão,
1989 – Stanislaw, uma história Real sem final – Carnv. José Felix,
1996 – Ribalta, Luz, sonho e ilusão – Carnv. Albeci Pereira,
2002 – Papel – Das origens da folia. História, arte e magia – Carnv. Fernando Alvarez,

Rainhas e Madrinhas de Bateria: Diana Burle (1988), Vera Benévolo (1989-1992), Lorena Macedo (1995-1997), Paula Burlamaqui (1998), Alessandra (1999), Renata Santos (2000-2009) e Jaqueline Maia desde 2010 até hoje.

Curiosidades:
O desfile de 1985, foi marcado por um grande atraso causado por um acidente na concentração, envolvendo um dos principais carros da escola e uma grande alegoria da Beija-Flor.  Seu desfile, orçado em 800 milhões de cruzeiros, cifra alcançada graças ao patrocínio do champanha Moët et Chandon e do Grupo Monteiro Aranha contou com a presença de muitos colunáveis, inclusive Martha Rocha, que desfilou entre os 2500 componentes. A escola se apresentou com duas alas de baianas e levou para a Sapucaí sob o comando de Mestre Áureo uma das melhores bateria. Aroldo Melodia era o intérprete do samba.

Em 1990 a escola teve seu  Samba-enredo “Os Heróis da resistência” foi gravado por Emilio Santiago.

No ano de 1991, a escola era favorita, mas desfilou às escuras, por conta de um blecaute na Marquês de Sapucaí, onde se apresentava com o enredo "O Boca do Inferno", sobre o poeta baiano Gregório de Mattos e Guerra. O blecaute durou noventa minutos. A escola não foi julgada. Posteriormente ganhou na Justiça o direito de desfilar entre as grandes no carnaval de 1992.

Em 1997 O desfile ficou marcado pela nudez das musas da vinheta de carnaval da Rede Manchete. A sumária fantasia das três musas da bateria, Kelly Cristina, Juli Alves e Marcela Milk que tiveram de ser encoberta por três camisetas da escola, que foram amarradas na cintura das moças, então, liberadas para desfilar.

No ano seguinte, a escola sofreu duas grandes perdas: o assassinato a tiros do presidente Nicolau Darze e do diretor de carnaval Roberto Costa na porta do barracão da escola em Santo Cristo. O desfile, aguardado com polêmica, se revelou uma bela homenagem ao cantor e compositor do rock nacional Cazuza.

Após problemas jurídicos gerados por acusações de manipulação de resultados por parte da Unidos de Vila Isabel, a escola confirmou presença no Grupo Especial em 2003. A Vila Isabel alegou na Justiça que uma das notas que recebera de uma jurada do desfile tinha sido trocada. Uma liminar favorável à Azul e branco fez com que ela fosse aclamada campeã do Grupo de Acesso.


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